Meu Cão Alfa

Meu Cão Alfa

Angela Moura

Perto do meu aniversário, ganhei a Reika - filhote de dálmata.

Pensei que a cachorrinha fosse estranhar a casa e sentir falta da mãe. Engano meu. Logo que chegou, a danadinha cheirou a sala e instalou-se em sua caminha e, cansada da viagem, dormiu a noite toda.

No dia seguinte, ela já brincava com os brinquedos, sacudia o rabinho mostrando-se feliz, mas, não permitia que ninguém a tocasse.

Toda vez que tentava fazer algum carinho ou pegá-la no colo, levava uma boa mordida. Como um bichinho de três meses podia ser tão bravo?

Imaginei que, com o tempo, ela iria se acostumar com a minha casa e tornar-se dócil, como qualquer outro filhote.

Ao contrário do que pensei, ela foi ficando mais brava. Não aceitava carinho nem ordem. Por qualquer coisa que não lhe agradasse, ela dava uma mordida em quem a incomodasse. Muito independente e agressiva, resolveu assumir a liderança e mostrar que quem mandava na casa, agora, era ela.

Procurei obter informações sobre seus pais e irmãos e soube que ela era a líder da ninhada - o Cão Alfa. Era comum que brigasse com os irmãos maiores, machos, para que ela e os irmãozinhos menores pudessem mamar. Em outras ocasiões, também enfrentava os maiores para defender os mais indefesos da ninhada. Pelo menos, ela não era tão má, quanto eu estava começando a supor.

Se eu brigava com ela por algum motivo, ela rosnava e tentava me atacar. Apesar de ficar admirada com a ousadia e coragem daquele cãozinho tão pequeno, comecei a ficar assustada, na medida que ela ia crescendo.

Percebi que tinha duas alternativas: devolver a cachorrinha ou adestrá-la rapidamente.

Optei pela segunda alternativa e a Reika Pit (Pit de Pitibul), a minha Alfinha, está sendo adestrada há um mês e meio pelo Wagner e vem apresentando sinais progressivos de aprendizado.

Estou torcendo para que, em breve, acabe conquistando o coraçãozinho da minha linda e querida Alfinha.

TENHA UM LINDO DIA !!!!

VOLTAR